Episodes

Sunday Aug 16, 2020
Fintechs & Challenger Banks: Starling Bank UK | LAB022
Sunday Aug 16, 2020
Sunday Aug 16, 2020
Starling Bank
O Starling Bank é uma fintech fundada em Janeiro de 2014 por Anne Boden (ex COO do AIB Allied Irish Banks). Anne tem mais de 30 anos de experiência no setor e é uma das únicas mulheres fundadoras dos chamados "Challenger Banks".
O Starling Bank já recebeu aproximadamente £363M em investimentos. Possui 1.5M de clientes e £3B em depósitos. A fintech já conta com mais de 700 funcionários. Os clientes tem em média 35 anos e £1000 em conta corrente. Ao final de 2019, o Starling Bank faturava em média £40 por ano por cliente ativo.
Vantagens de um Challenger Bank
- Intuitivo, fácil de usar, simples
- Entende a necessidade dos tempos atuais
- Funciona igual a um banco tradicional
- 100% Mobile
- Oferece serviços gratuitos para atrair novos usuários
Fintechs mencionadas no episódio
- Nubank: $1.1B Series F
- 20M clientes
- São Paulo - Maio 2013
- https://www.crunchbase.com/organization/nubank
- N26: $783M Series D
- 5M clientes
- Berlim - Fevereiro 2013
- https://www.crunchbase.com/organization/n26
- Monzo: £384M Series G
- 4M clientes
- Londres - Fevereiro 2015
- https://www.crunchbase.com/organization/monzo
- Tide: $115M Series B
- Londres - 2015
- 100k - Business
- https://www.crunchbase.com/organization/tide-2
- Revolut: $917M Series D
- 12M clientes
- Londres - Julho 2015
- https://www.crunchbase.com/organization/revolut
Todos os detalhes deste episódio estão no octanage.com/lab022

Sunday Jul 12, 2020
Novos Modelos de Negócio - Pilar #5 da Transformação Digital | LAB019
Sunday Jul 12, 2020
Sunday Jul 12, 2020
O pináculo da transformação digital é criar um modelo de negócio sustentável, rentável, e que entregue valor para um cliente usando canais digitais para a interação com o cliente.
Deixamos esse pilar por último porque ele abraça e encapsula todos os outros aspectos da transformação digital. Todas as interações entre pessoas e sistemas, clientes e fornecedores estão descritas dentro de um modelo de negócios. Todos os relacionamentos necessários para entregar valor para o cliente estão mapeados dentro do modelo de negócios.
O que é um modelo de negócio?
É a forma como uma organização cria, entrega e captura valor.
- Criar valor: desenvolver ofertas que entreguem soluções para clientes específicos
- Entregar valor: para esse cliente
- Capturar valor: recompensa dada pelo cliente
Como eu crio um novo modelo de negócio na minha empresa?
1. Mapear o modelo de negócio atual
Sugiro utilizar a Tela de Modelos de Negócio, também conhecida como Business Canvas: 9 colunas / caixas dispostas num diagrama mapeando todo o negócio. Detalharemos no próximo episódio.
2. Analisar e encontrar possibilidades de melhoria
3. Incrementar o modelo de negócio atual OU criar um novo modelo de negócios baseado nas oportunidades digitais encontradas
Por quê mapear o modelo de negócio atual ao invés de criar um novo de imediato?
A forma mais simples de executar um projeto de transformação digital de sucesso é identificar as possibilidades digitais no processo atual.
10 Formas de Inovar o Seu Modelo de Negócios
Um novo modelo de negócios é uma inovação. No episódio de hoje, entregamos para você muitas formas de inovar com exemplos concretos de gente que utilizou cada estratégia.
1. Modelo de Receita: Como fazer dinheiro
Formas de inovar:
- Assinatura: Netflix / Spotify / Clubes de Vinhos / Dollar Shave Club
- Ativos / Vender algo: Vale especialmente para produto físico. O cliente compra uma vez, e faz o que quiser com o produto. Usa, revende ou joga fora
- Taxas: Cliente paga pelo uso, ou por hora. Muito comum para serviços
- Assinatura: Receita recorrente e diluída entre os usuários. Custos altos e baixa margem no começo da operação, mas com o tempo e quantidade de clientes, resultados melhoram
- Aluguel: Airbnb (para ativos imobiliários), hosts como Google, Microsoft, Amazon (para ativos digitais), Yellow (para ativos)
- Licenças: Royalties e copyrights
- Broker: Ganhar por conexão - ex. Mercado imobiliário e mercado de ações
- Anúncios: Google, Facebook, Amazon
2. Rede de Relacionamento: Como conectar com outros para criar valor
Formas de inovar: Alianças, Franchising, Reaproveitamento
- Exemplos: Redes Hoteis, McDonalds, Criando Franquias de Sucesso (Prof. Gilmar Gianni, E060) por exemplo a Croasonho
3. Estrutura: Como organizar e alinhar seus talentos e ativos
Formas de inovar: Padronizar ativos, incentivos, integracao de IT, knowledge base, terceirização
Exemplos: Hosting de Internet / nuvem; terceirização do que não é fundamental da empresa (muito comum em TI)
4. Processo: Como usar métodos diferenciados para realizar seu trabalho
Formas de inovar: Crowdsourcing, IP, sistema logístico, produção sob demanda, automação, analíticos preditivos, eficiência, design estratégico,, padronização de processo
Exemplos: Alster (crowdfunding); RPA (Robotic Process Automation) - BluePrism, AutomationAnywhere; episódio anterior Labo17 (Zapier, Siri, Alexa, Assistente do Google)
5. Desempenho de Produto: Como desenvolver funcionalidades únicas e distintas
Formas de inovar: Adicionar funcionalidade, personalização, facilidade de uso, funções que engajam, sensibilidade ambiental, foco na audiência, simplificação, segurança, design
Exemplos: modelo SaaS e de nuvem
6. Portfolio de Produtos: Como criar produtos e serviços complementares
Formas de inovar: Extensões, plugins, oferta integrada, sistema modular, planos, plataforma
Exemplos: Amazon (começou vendendo livros e foi incrementando as categorias até se tornar a maior oferta de produtos do planeta); Loggi (unicórnio brasileiro, episódio P005); Netshoes e Marisa
7. Serviço: Como suportar e amplificar o valor das ofertas
Formas de inovar: Valor agregado, concierge, garantia, aluguel ou lease, programa de fidelidade, servicos personalizado, self service, trials, comunidades
Exemplos: já entrega o software, incremento óbvio é o suporte, treinamento, consultoria; trials foi popularizado na Web 2.0 como forma de coletar as informações de pagamento, criar uma experiência inicial positiva e monitorada, e eliminar qualquer transição entre o trial e o pagamento de assinaturas
8. Canais: Como entregar ofertas para clientes e usuários
Formas de inovar: Contextual (localização, ocasião e situações), cross-selling, diversificação, canal direto, distribuição indireto, afiliados, quiosques
Exemplos: Peixe Urbano, Groupon em termos de ofertas contextuais
9. Marca: Como criar a percepção do seu negócio e da sua oferta
Formas de inovar: Extensão da Marca, licenciamento, certificação, co-branding, private label, estratégias, alinhamento de valores
Exemplos: Carros nos EUA (Nissan - Infiniti; Toyota - Lexus); Coca-Cola, Fanta, Sprite, Guaraná Jesus; Johnnie Walker (vários labels); licenciamento: marcas de moda (Versace, Dolce & Gabbana, Dior); Globo abriu portal de notícias separado chamado G1
10. Lealdade de Clientes: Como criar experiências memoráveis e clientes leais
Formas de inovar: Autonomia e autoridade, comunidade e pertença, curadoria, automatização da experiência, simplificação, personalização, badges.
Exemplos: princípio de todas as redes sociais com conteúdo criado pelos usuários, Netflix (começou como DVD nos EUA Qwister, segmentando a oferta em seguida: resolução normal, alta definição, ultra HD, e DVD)

Sunday Jul 05, 2020
Tomada de Decisão - Pilar #4 da Transformação Digital | LAB018
Sunday Jul 05, 2020
Sunday Jul 05, 2020
Dados, dados e mais dados. Um dos resultados mais palpáveis da revolução digital: começamos a gerar, armazenar, distribuir e interagir com uma quantidade enorme de dados numa base diária. Estima-se que em média gerem-se 2 megabytes de dados por segundo para cada pessoa do planeta; totalizando 40 trilhões de gigabytes de dados disponíveis. Para se ter uma ideia, isso é a capacidade de armazenamento disponível em 5 trilhões de DVDs = mais de 700 DVDs para cada habitante do planeta.
A revolução digital chegou em cada função dentro de uma startup e em cada departamento de uma empresa. Os processos são gradativamente digitalizados, como vimos no episódio passado LAB017 sobre Eficiência e Automação, gerando dados que podem - devem, como eu proponho - participar na parte mais importante do processo de gestão: a tomada de decisão.
Antes de compartilhar uma receita para fazer essa transformação no seu empreendimento, aproveito para recordar alguns aspectos importantes da tomada de decisão no contexto empresarial.
Como definir uma boa decisão de negócio
Em geral, boas decisões para o negócio são tomadas de forma objetiva, baseadas em fatos (não em opiniões) e de forma consistente, alinhadas com a equipe, com os objetivos, e com os valores da empresa. Cada um desses elementos precisam ser mantidos e podem até ser aprimorados através de um projeto de transformação digital para preservar a capacidade dos gestores e das equipes de tomarem decisões acertadas e ágeis para o seu negócio.
As 6 Etapas para a Tomada de Decisão na Era Digital
- Coleta de Dados (processos; Tudo que pode ser medido pode ser melhorado)
- Montar os indicadores (baseados nos objetivos)
- Visualização e Dashboards (indicadores, KPIs; Tableau e Google Data Studio)
- Análise dos Indicadores (onde estava, onde estou, para onde vou / meta)
- Alinhamento dos Gestores e da Equipe (resolver divergências de entendimento na equipe; a diferença entre ser data-driven e data-informed)
- Plano de Ação (o que de fato transforma o negócio, e os gestores já sabem fazer)
-
Coleta de Dados
- Ponto de vista de processos;
- Tudo que pode ser medido pode ser melhorado;
- pontos de coleta no processo
-
Montar Indicadores e Métricas
- alinhados com os objetivos da equipe e do negócio
- montar os indicadores: eficiência, produtividade, tempo, resultado. Em vendas: receita, margem, lucro, atingimento de quota, valor médio por ordem; SaaS: custo de aquisição do cliente (CAC); receita média recorrente (MMR); clientes perdidos (churn); valor do cliente ao longo da vida (LTV)
- estabelecer: onde estava (série histórica), onde estou, para onde vou / meta
- Para facilitar a análise que vai acontecer, distinguir rapidamente entre o que está bem e o que está mal; metas atingidas ou em aberto
-
Visualização e Dashboards
- Gráficos, mapas de calor, tabelas e sparklines; bullets e interpretações
- Excel / Google Sheets
- Tableau e Google Data Studio
-
Análise do Dashboard
- Gap entre onde estava / onde estou
- Gap entre onde estou / meta
- Celebrar os atingimentos
- Focar a discussão nas metas ainda em aberto
-
Alinhamento dos Gestores e da Equipe
- Um lado 100% humano e que não pode ser excluído de um projeto de transformação digital: resolver divergências de entendimento na equipe. Alimente continuamente a sua equipe com informações para que cada pessoa saiba orientar o seu trabalho de acordo com os objetivos e a situação atual do seu setor
- a diferença entre ser guiado pelos dados (data-driven) ou informado pelos dados (data-informed)
-
Planos de Ação
- o que de fato transforma o negócio, e os gestores já sabem fazer: tomar decisões
- plano com ações, responsáveis, datas, e rever o andamento das ações anteriores
E o processo reinicia! Mais ações, mais dados, mais análise, e novas decisões a serem tomadas para levar o negócio ao sucesso utilizando as poderosas ferramentas da Transformação Digital.

Sunday Jun 28, 2020
Eficiência e Automação - Pilar #3 da Transformação Digital | LAB017
Sunday Jun 28, 2020
Sunday Jun 28, 2020
O Que São Eficiência e Automação?
A eficiência está diretamente ligada à operação: a parte central, das atividades e recursos usados para produzir e entregar produtos e serviços. É o núcleo do negócio, englobando seus principais processos.
Neste episódio exploramos como a transformação digital impacta esse núcleo:
- o entendimento desses processos-chave
- A identificação de oportunidades nesses processos relacionadas à ganhar eficiência e agilidade (eficiência = otimizar utilização de recursos; agilidade = capacidade de implementar mudanças)
- Exemplos e Benefícios da Automação
- Quando, Por quê, e Como Automatizar?
A automação de processos é o uso da tecnologia para executar tarefas ou processos recorrentes em um negócio em que o esforço manual pode ser substituído. Isso é feito para obter minimização de custos, maior eficiência e processos simplificados.
Alguns Exemplos de Automação
- Pessoas em geral:
- Notificações por email e push nos aplicativos
- Pesquisas de satisfação
- Para equipes:
- Integração de sistemas que não se falavam
- Relatórios
- Fluxo / workflow de aprovações
- Consultores e Profissionais Independentes: Agendamento de clientes, confirmação e pagamentos
- RH: Recrutamento e Seleção
- Compras: Processo de compras
- IT:
- Migração de dados
- Backup e restauração
- Vendas:
- Call center
- Ordens de venda
- Suporte ao Cliente:
- Rastreamento de pedidos
- Chatbots que levam à solução de problemas online (Zoom, por exemplo, não oferece suporte humano para usuários do plano gratuito, apenas documentação online)
- Contabilidade e Finanças: Folha de pagamento
- Lançamentos de produtos
- Marketing:
- Geração de Leads
- Postagem em redes sociais
- IOT (Internet das Coisas)
- Indústria
- Casas Inteligentes
- Robotização na Manufatura
Quando Automatizar Processos?
- Baseado no entendimento do processo: repetitivo e consistente
- Alto volume de tarefas
- Envolve várias pessoas para atingir o resultado desejado
- Impacto: economias ou ganhos de receita, tempo de processo, confiabilidade no resultado, simplificação do processo, integração com outros processos e sistemas
- Conformidade e auditoria, em setores regulamentados
Por Quê Automatizar?
- Para a equipe interna, é um passo muito visível e energizante porque as pessoas vêem melhoras direta no seu trabalho
- Clareza dos processos: Para automatizar, você tem que mapear e estruturar todo o fluxo de ações
- Controle e Segurança: Todos os passos são gravados, facilitando assim qualquer auditoria
- Padronização de processos;
- Satisfação do Cliente e Experiencia do Cliente - mencionados no episodio anterior LAB016
Benefícios da Automação
- Produtividade
- Transparência
- Geração de medidas e Indicadores
- Redução de custos, atrasos e erros
- Simplificação de processos
Como Automatizar
- Clareza de quais tarefas estão envolvidas, quem é responsável e quando cada tarefa precisa ser executada.
- Certifique-se de ter objetivos claramente definidos ao automatizar um processo de negócio.
- Avalie os resultados com uma abordagem em fases. Muitas organizações ficam decepcionadas quando os resultados não se materializam da noite para o dia.
- Invista tempo adequado no treinamento de funcionários e considere um período de ajuste.
- Pense no longo prazo otimizar o retorno do investimento (ROI)
Ferramentas de Automação
- Zapier
- IFTTT
- Automate.io

Monday Jun 15, 2020
Experiência do Cliente (CX) - Pilar #1 da Transformação Digital | LAB015
Monday Jun 15, 2020
Monday Jun 15, 2020
Essa será uma série de 5 episódios onde vamos falar dos 5 pilares da transformação digital, mencionados em um episódio gravado pelo André Piazza no P006 que são
- Experiência do Cliente
- Novas Receitas e Vendas Digitais
- Eficiência e Automação
- Processo de Tomada de Decisão
- Novos Modelos de Negócios
O que é CX
CX (abreviação do inglês Customer eXperience) é a experiência do cliente, através de todos os canais de contato com uma empresa, produto ou serviço. Implica o envolvimento do/a cliente em múltiplos níveis: racional, emocional, sensorial, físico, e espiritual.
Não é apenas um número. Tem repercussão direta na credibilidade da empresa, crescimento do faturamento, recomendações e fidelização do cliente.
Hoje mais do que nunca, os clientes têm o poder nas mãos. Foi-se o tempo em que as empresas davam as cartas. Antigamente, a mídia era utilizada para criar a percepção de superioridade do produto ou serviço, usando o rádio e depois a TV. Com a revolução digital, podemos pesquisar sobre determinada empresa e serviço com recursos que estão na palma da mão. Descobrimos rapidamente sobre a experiência de outras pessoas com aquela marca. Comparamos produtos com igual facilidade. Por isso, os tempos atuais são conhecidos como a Era do Cliente.
Como ter uma grande e positiva experiência do cliente?
Tudo começa por mapear a jornada de compra do seu cliente, identificando os pontos de interação do cliente com a empresa nas suas mais variadas presenças:
- varejo
- pessoas
- produtos
- redes sociais
- marca
Exemplo de Jornada do Cliente
- pesquisa no mecanismo de busca
- acesso ao website
- procura produto
- as informações de compra estão claras?
- comparar produtos dentro do mesmo website
- é fácil de executar pagamento e checkout?
- a entrega é rápida?
- consegue conferir se fez o pedido certo?
- e se veio errado, como é o suporte?
- fácil de cancelar ou devolver?
- como os erros de pedido são resolvidos?
- e o tempo de atendimento? é muito demorado?
Se você não perguntar, nunca vai saber. Não tenha medo de perguntar e mais do que ouvir críticas, saiba tomar ação.
CX para Apps
Um dos meus aprendizados de maior impacto em termos de experiência de cliente foi quando passei a utilizar a Metodologia Jobs to Be Done: muito além da usabilidade, leva em conta os objetivos do usuário, medindo diretamente em eixos distintos o valor da importância de cada objetivo e a satisfação ao utilizar o app / ferramenta para atingí-lo. Esse tipo de análise permite não apenas entregar a funcionalidade certa, mas o nível nível de satisfação necessário para aquele objetivo. Uma outra forma de utilizar o gráfico é executar uma comparação com workarounds e alternativas utilizadas pelo usuário, utilizando métricas de velocidade, estabilidade, e atingimento de resultados para cada objetivo esperado pelos usuários.
Indicadores da Experiência do Cliente
Outros indicadores usados com muita frequência nas mais variadas indústrias para medir a experiência do cliente:
- Customer Effort Score (CES): O grau de dificuldade em atingir um objetivo
- Net Promoter Score® (NPS): o quanto o usuário recomenda um produto ou marca baseado na sua experiência
- Customer Satisfaction Score (CSAT): satisfação com produto ou serviço
- Time To Resolution (TTR): utilizado no Suporte e Atendimento ao Cliente para medir o tempo entre o usuário iniciar um chamado até ele ser resolvido

Monday May 18, 2020
O Futuro das Viagens Aéreas Após o Coronavírus | LAB011
Monday May 18, 2020
Monday May 18, 2020
Em episódios recentes do Octanage LAB (Dicas Práticas para Empreender em Tempos de Coronavírus | LAB004, Grandes Mudanças Econômicas Após o Coronavírus | LAB006) conversamos sobre as grandes mudanças que estão acontecendo diante dos nossos olhos na economia, sociedade, empregos, e acima de tudo, da criação de valor.
Nesse episódio LAB011 vamos fazer um estudo de caso sobre o futuro das viagens aéreas.
As companhias aéreas foram um dos primeiros setores a serem afetados, e passados 2 meses de isolamento durante a pandemia, certamente um dos mais afetados. Nos EUA, ocorrem apenas 5 a 10% dos vôos regulares. De acordo com números do TSA, a agência responsável pela segurança nos aeroportos, o fluxo de passageiros em Abril foi menos de 10% dos passageiros de um dia normal.
No imediato, vejo 2 grandes desafios para a aviação comercial:
- as pessoas terem os meios para viajar;
- senso de segurança das pessoas ser restaurado.
Além desses grandes desafios, o mundo digital oferece alternativas para fechar negócios. O Zoom, um dos aplicativos de teleconferência, vale hoje mais do que as 7 maiores empresas de aviação do mundo. A ampla disponibilidade da rede de dados (3G, 4G, Wifi) e a adoção dessas plataformas de teleconferência retiram incentivos à viagens.
Aviação: uma indústria devendo inovação há décadas
A realidade é que a indústria da aviação se colocou numa zona de conforto em relação à inovação durante muitas décadas. Ao mesmo tempo em que a demanda por viagens crescia ano a ano, as linhas aéreas foram incapazes de gerar valor incremental no seu modelo de negócios. Na impossibilidade de oferecer valor, optaram por utilizar das regulamentações para impor modelos de receita muitas vezes predatórios:
- cobrança de taxas de combustível no período da alta do preço do petróleo
- imposição de tarifas para bagagens despachadas, e a limitação das bagagens de mão
- regras muitas vezes injustas em relação à mudança de vôos, overbooking, cancelamento de vôos, remarcação e cancelamento de passagens
- limitação dos prêmios sobre as milhas voadas
Nesses (des)caminhos da inovação na aviação comercial, há outros padrões. Praticamente todas as linhas aéreas brasileiras ativas na atualidade começaram com modelos de negócio low cost: assim surgiram a Gol e a Azul. À medida que cresceram, aboliram o modelo de baixo custo para adotar tarifas mais robustas e serviços minimamente diferenciados para justificar os preços maiores. Note que nenhuma companhia aérea brasileira oferece primeira classe - nem mesmo classe executiva nos vôos comerciais. Nessa jornada, para eliminar competitores, obter economias operacionais, e abocanhar clientes, colocaram o investimento em fusões e aquisições. A Gol adquiriu a Webjet, outra companhia que se baseava no modelo de baixo custo, pondo fim às passagens adquiridas à preços atrativos no mercado.
Uma variação nesse padrão foi a TAM, fundada pelo Comandante Rolim Amaro, com um modelo de negócios baseado na experiência do cliente. Transportes Aéreos Marília começou oferecendo vôos regionais no Sudeste e Centro-Oeste e rapidamente adquiriu fãs pelo serviço que incluia tapetes vermelhos sendo estendidos durante o embarque, que recriavam a sensação do glamour e privilégio perdidos na aviação das décadas anteriores. Hoje, para sobreviver no mercado, a TAM fundiu-se com a LAN formando a LATAM, a maior frota de aviões da América Latina.
Um passo atrás na história e encontramos o motivo da falência das linhas aéreas estatais que foram pioneiras da aviação mundial e criaram marca e renome ao redor do mundo: tanto a VARIG como a VASP não conseguiram criar a eficiência operacional e atingir o ponto de custos necessários para sobreviver na aviação dos anos 90.
Em resumo, em vez de privilegiar a inovação ao cliente, as linhas aéreas se limitaram a investir em redução de custos (com perdas para a experiência); em fusões e aquisições, que na prática limitaram ainda mais as opções de compra dos consumidores; em práticas oportunistas e predatórias com taxas temporárias que se tornaram permanente e até mesmo invenções de tarifas para centímetros a mais de conforto nas poltronas que seguiam desconfortáveis.
Tudo isso para operar vôos com margem de lucro baixíssima: estima-se que o lucro líquido de um vôo de Nova Iorque a San Francisco eram meros US$ 500. Isso mesmo: quinhentos dólares.
Olhando sob o prisma da inovação - uma das coisas favoritas nossas aqui no Octanage - fica fácil perceber o quanto essa tênue zona de conforto das linhas aéreas não as deixou preparadas para uma crise de demanda como esta sendo a do coronavírus.
Menciono rapidamente outros aspectos importantes para analisar a inovação nessa indústria:
- inovação real (porém limitada) aconteceu dentro dos aviões, cujo projeto e construção incrementou conforto e segurança para passageiros, equipes, pilotos, e aeroportos
- as linhas aéreas operam num modelo de negócios insustentável baseado em combustível fóssil. Há muito esperamos o Elon Musk da aviação, que possa desenvolver equipamento comercialmente viável para disromper os milhões de toneladas de gás carbônico postos na atmosfera pela aviação a cada ano
- a aviação é um dos setores mais regulados nos países e no mundo, com regras antigas, de dificíl negociação, criadas para um momento em que o número de vôos era muito menor e a aviação muito mais arriscada. Leia-se nisso tudo: um modelo feito para proteger as autoridades e as grandes linhas aéreas, não os passageiros, aplicado no mundo todo
Um Prognóstico para o Futuro das Viagens Aéreas a partir de 2020
Agora que compreendemos o contexto da inovação nesse setor, podemos olhar para frente e explorar as mudanças trazidas pela crise do covid.
Comprando o Bilhete
- A grande pegadinha para as linhas aéreas passada a pandemia: elas podem até oferecer o bilhete mais barato, mas se não houver demanda, de nada adianta: apenas aprofundará as perdas
- As promoções que estão rolando durante a pandemia nos EUA são vôos muitas vezes cancelados de última hora para agrupar pessoas no mesmo vôo. Ou seja: vendem-se bilhetes, e depois se agrupa a demanda cria em poucos vôos, 5 a 10% das saídas diárias no passado
- O primeiro problema sanitário a impactar os preços das passagens: a poltrona do meio vazia, muito comum nos vôos nos EUA. Essa mudança reduziria a capacidade dos vôos de 33% a 50%
O que esperar: preços até 50% para os mesmos itinerários agora em 2020.
No aeroporto
- Minimizar o check-in com funcionários. Estimular ou obrigar o self-check-in
- Proibição da bagagem de mão, forçando as bagagens a serem despachadas para higienização
- Na segurança: limpeza individual de cada conteiner após cada uso, formando filas de horas no aeroporto
- Implementação de medidores de temperatura em grande escala, bem ao estilo dos filmes de ficção científica. Modelo muito utilizado na China
Durante o Vôo
- Sem comida para evitar a possibilidade de contaminação
- Os atendentes vão voltar a usar luvas brancas? Mickey Mouse e a Minie de volta em grande estilo :)
- Passegeiros incentivados a fazerem a auto-limpeza das suas poltronas, comprovadamente, mais infectadas com bactérias e germes nocivos do que um ninho de ratos
- Apesar do ar condicionado ter evoluído e filtrar os minúsculos vírus, a probabilidade de uma pessoa ser infectada vôo cresce muito nas poltronas de corredor e proximidade com os banheiros
Após o Vôo
- Alfândega: verificação de vacinação mandatória, o que será motivo de muita polêmica
- Possibilidade de ficar retido no destino em quarentena se desenvolver sintomas parecidos com os do covid, como febre ou tosse.
Octanage Conectando com Você
Na sua opinião, o que vai mudar? Escreva no comentário abaixo ou através das nossas redes sociais.
Um grande abraço,
André Piazza

Tuesday Apr 14, 2020
Os 5 Pilares da Transformação Digital | Propulsão P006
Tuesday Apr 14, 2020
Tuesday Apr 14, 2020
Neste episódio do Propulsão, André Piazza explora os 5 pilares da transformação digital baseado na sua experiência em transformar empresas e modelos de negócio a partir do seu coração, atualizando-os para as audiências e os desafios do contexto atual.

Sunday Apr 05, 2020
Grandes Mudanças Econômicas Após o Coronavírus | LAB006
Sunday Apr 05, 2020
Sunday Apr 05, 2020
Quais as grandes mudanças econômicas que vão acontecer após a crise / pandemia? Um exercício de futurismo para os próximos 60-90 dias.
André Piazza e Vinicius Fachinetto debatem algumas dessas mudanças:
- o avanço da economia e dos canais digitais
- transformação digital passou de importante para urgente
- um dos mitos da transformação digital: digitalizar tudo. Não é isso! Comentamos qual a VERDADEIRA transformação que precisa acontecer em todos os negócios
- a economia do petróleo: problemas imediatos na produção, estocagem e distribuição dos combustíveis com consequências jamais vistas. Quedas de preço abruptas ao redor do mundo
Conecte conosco todas as 3as e 5as feiras em videoconferência através de Octanage.com/conexao.

Monday May 27, 2019
Algocracia: Como os Algoritmos Impactam a sua Vida? | Propulsão P001
Monday May 27, 2019
Monday May 27, 2019
No Propulsão, comentamos e aprofunda inovação e futurismo em termos simples: atualidades, tendências, livros, entrevistas e eventos.
Nesse episódio, André Piazza explora o poder crescente dos algoritmos em tomar ou limitar as decisões que temos no mundo físico e digital com Erik Nybo, autor do livro recém-lançado "O Poder dos Algoritmos".
Gostaria de ter a sua pergunta sobre inovação e empreendedorismo nos nossos episódios? Envie sua pergunta pelo WhatsApp em octanage.com/pergunte
Se esse episódio despertou seu interesse em trabalhar conosco em lançar a sua ideia ou transformar o seu negócio, aplique para mentoria em octanage.com/mentoria
Octanage é a sua dose de inspiração para inovar e empreender. Descubra como pensar e agir como um/a empreendedor/a de sucesso!
Empreendedorismo | Inovação | Mentalidade e Habilidades para Empreender | Mulher Empreendedora | Negócios | Startups | Marketing
Octanage é feito com amor para a comunidade empreendedora em língua portuguesa por André Piazza e Vinícius Fachinetto, consultores em Inovação e Negócios.

Monday Feb 25, 2019
Aprendendo a Aprender com Felipe Menezes | WTF! School E052
Monday Feb 25, 2019
Monday Feb 25, 2019
Felipe Menezes acredita que pode mudar o mundo através da educação. Tem uma relação bem próxima com startups: já fundou uma e quebrou outras.
Fundador da WTF! School, uma escola livre com foco em experiências transformadoras que pretende desenvolver protagonistas da transformação.
Engenheiro (mas tem coração) e entusiasta de futurismo, mestre em engenharia, professor universitário, palestrante e empreendedor. Pai do Pedro e do Lucas, adora tecnologia, mas mora num sítio. Curte filosofar, mas também bota a mão na massa.

Sunday Dec 23, 2018
Sunday Dec 23, 2018
Vinicius Fachinetto entrevista Santiago Andreuzza: sócio-fundador da Aerolito, palestrante da TEDx, e professor nas áreas de computação cognitiva, inteligência artificial e blockchain.